sábado, 27 de julho de 2019

Como Santificar o Sábado?


Há necessidade de uma reforma do sábado entre nós, que professamos o santo dia de repouso - Evangelismo, p. 245.

Observando o monumento comemorativo da criação do mundo em seis dias e do descanso do Criador no sétimo dia, santificando o sábado de acordo com Suas instruções, os israelitas deviam declarar ao mundo sua lealdade ao único e verdadeiro Deus vivente, o Soberano do Universo - Mensagens Escolhidas, Vol III, p.  256.

O Dia de Preparação

Durante toda a semana nos cumpre ter em mente o sábado e fazer a preparação indispensável, a fim de observá-lo conforme o mandamento - Eventos Finais, p. 77.

Embora a preparação para o sábado deva prosseguir durante toda a semana, a sexta-feira é o dia por excelência da preparação - Testemunhos Seletos, Vol I, p. 21. 

Na sexta-feira deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tende o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovai os sapatos e tomai vosso banho. É possível deixar tudo preparado, se se tomar isso como regra - Orientação para a Criança, p. 528.

Antes do pôr-do-sol, ponde de parte todo o trabalho secular, e fazei desaparecer os jornais seculares. Explicai aos filhos esse vosso procedimento e induzi-os a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento - Testemonies for the Church, vol 6, p. 355.

Muitos adiam negligentemente até ao começo do sábado pequeninas coisas que deviam ter sido feitas no dia da preparação. Isto não se deve fazer. Todo trabalho negligenciado até ao começo do sábado deve ficar por fazer até que ele haja passado - Testemunhos Seletos, Vol II, p. 185.

Devemos observar cuidadosamente os limites do sábado. É bom lembrar que cada minuto é tempo sagrado. Sempre que possível, os patrões deverão conceder aos empregados as horas que decorrem entre o meio-dia da sexta-feira ao começo do sábado. Dessa forma, terão tempo para a preparação, a fim de poderem saudar o dia do Senhor com sossego de espírito. Assim procedendo não sofrerão nenhum juízo, nem mesmo quanto às coisas materiais - Conselhos Para a Igreja, p. 268.

Há ainda outro ponto a que devemos dar a nossa atenção no dia da preparação. Nesse dia todas as divergências existentes entre irmãos, tanto na família como na igreja, devem ser removidas. Afaste-se do coração toda amargura, ira ou ressentimento. Com espírito humilde "confessais vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis" - Conselhos Para a Igreja, p. 268.

Antes do pôr-do-sol, todos os membros da família devem reunir-se para estudar a Palavra de Deus, cantar e orar. A esse respeito estamos precisando de uma reforma, porque muitos há que se estão tornando descuidados - Conselhos Para a Igreja, p. 269. 

Que Horas Inicia-se o Sábado?

Ao pôr-do-sol do dia de preparação, soaram as trombetas, anunciando o começo do sábado - O Desejado de Todas as Nações, p. 774.

Ao começar o sábado, devemos pôr-nos guarda a nós mesmos, a nossos atos e palavras, para que não roubemos a Deus, aproveitando-nos para nosso próprio uso daquele tempo que pertence estritamente ao Senhor - Testemunhos Seletos, Vol I, p. 290.

 Deus requer, não somente que nos abstenhamos do trabalho físico no sábado, mas que a mente seja disciplina de modo a pensar em temas santos - Testemunhos Seletos, Vol I, p. 290. 

Nossas Palavras e Pensamentos no Sábado

Devemos vigiar nossas palavras e pensamentos. Aqueles que no sábado discutem assuntos de negócios ou fazem planos, são considerados por Deus como se estivessem empenhados na própria transação de negócios. Para santificar o sábado não devemos mesmo permitir que nosso espírito se ocupe com coisas de caráter mundano - Conselhos Para a Igreja, p. 275. 

O quarto mandamento é transgredido mediante o conversar-se sobre coisas mundanas, ou leves e frívolas. Falar sobre qualquer coisa ou sobre tudo que nos vem à mente, é falar nossas próprias palavras. Todo desvio do direito nos põe em servidão e condenação - Testemunhos Seletos, Vol I, p. 290.

Algumas pessoas comentam os seus assuntos comerciais e fazem planos no sábado, e Deus considera isso como se estivessem empenhadas no próprio ato da transação comercial - Evangelismo, p. 245.

Os que não se acham inteiramente convertidos à verdade, deixam com frequência que a mente lhes corra às soltas sobre negócios mundanos e se bem que repousem dos labores físicos no sábado, a língua fala do que está no espírito; daí, essas conversas sobre gado, colheitas, prejuízos e lucros. Tudo isto é violação do sábado. Se a mente gira em assuntos mundanos, a língua o revelará; pois da abundância do coração fala a boca - Testemunhos Seletos, Vol I, p. 291.

 Como Deve Ser Meu Vestuário no Sábado?

Todos os que se reúnem aos sabados para adorar a Deus devem, se possível, ter um traje correto, bem assentado, distinto [separado, diferente], para usar na casa de culto. É desonra para o sábado, e para Deus e sua casa, que os que professam ser o sábado o santo dia do Senhor, digno de honra, usem nesse dia a mesma roupa que usaram durante a semana... - Mensagem Escolhidas, Vol II, p. 474.

 Devemos Cozinhar no Sábado?

O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimento ou quaisquer outras ocupações mundanas - Orientação da Criança, p. 528.

 Deve-se evitar cozinhar no sábado; não é por isso necessário comer frio. No tempo frio, a comida preparada no dia anterior deve ser aquecida. E as refeições, embora simples, sejam saborosas e atrativas - Ciência do Bom Viver, p. 307.

 Como Deve Ser Nossa Alimentação Aos Sábados?

Não devemos preparar para o sábado mais liberal provisão de alimento, nem maior variedade que nos outros dias. Em lugar disso, a comida deve ser mais simples, e menos se deve comer... Comendo demais no sábado, muita gente faz mais do que julga para se tornar incapaz de receber o benefício de suas sagradas oportunidades - Ciência do Bom Viver, p. 307. 

Devemos Lavar Louça no Sábado?

Recomendamos a todos que não lavem sua louça no sábado se for possível evitá-lo. Deus é desonrado por todo trabalho desnecessário efetuado no Seu santo dia. Não é incoerente, e, sim, apropriado, que  a louça fique por lavar até o fim do sábado, se isto puder ser feito assim - Mensagens Escolhidas, Vol III, p. 307.

Energia Para O Sábado

Não permitais que toda a vossa força e energia sejam empregadas em coisas mundanas temporais, durante a semana, de modo que não tenhais energia e força moral para consagrar ao serviço de Cristo no sábado - Testemunhos Seletos, Vol II, p. 563.

Desagrada a Deus que os observadores do sábado durmam muito tempo no sábado... Precisam ganhar dinheiro, mesmo que seja roubando-se do necessário sono, que recuperam dormindo durante as horas santas. Depois, desculpam-se, dizendo: "O sábado foi dado para dia de descanso. Não me privarei do repouso para ir à reunião; pois preciso descansar" - Testemunhos Seletos, Vol I, p. 291, 292. 

Os Guardadores do Sábado Trabalham

Deus determinou que se cuidasse dos doentes e sofredores; o trabalho exigido para lhes proporcionar conforto é uma obra de misericórdia, e não é violação do sábado; mas todo o trabalho desnecessário deve ser evitado - Conselhos Para a Igreja, p. 272.


De acordo com o quarto mandamento, o sábado foi dedicado ao repouso e ao culto religioso. Toda atividade secular devia ser suspensa, mas as obras de misericórdia e beneficência estavam em harmonia com o próposito do Senhor. Elas não deviam ser limitadas a tempo ou lugar. Aliviar os aflitos, confortar os tristes, é um trabalho de amor que honra ao dia de Deus - Beneficência Social, p. 77.

Tornar o Sábado um Dia Deleitoso

Devemos tornar o sábado tão interessante para nossa família, que sua volta semanal seja saudada com alegria... Pais, tornai o sábado um deleite, para que vossos filhos o aguardem, acolhendo-o de coração - Testemunhos Seletos, Vol I, p. 281.

O Sábado Não Deve Ser um Dia Ruidoso

Barulho ruidoso e contenda não devem ser premitidos em nenhum dia da semana; mas no sábado todos devem manter silêncio. Não devem ser ouvidas ordens em voz alta em nenhuma ocasião... - Mensagens Escolhidas, Vol III, p. 258.

As Crianças Podem Brincar no Sábado? 

Estamos em perigo de fazer nossa própria vontade no dia de sábado. Não um dia para procurar prazeres, nadar ou jogar bola, Deus quer que todas as Suas dádivas sejam apreciadas - Mensagens Escolhidas, Vol III, p. 258.

 Acima de tudo, cuidai de vossos filhos no sábado. Não permitais que eles o violem, pois vós mesmos o estareis violando se consentirdes que vossos filhos o façam. Quando permitis que vossos filhos brinquem no sábado, Deus vos considera transgressores dos mandamentos. Transgredis o Seu sábado - Mensagens Escolhidas, Vol III, p. 257.

 Em muitas famílias, os filhos menores são abandonados a si próprios, a fim de se entreterem como melhor puderem. Abandonadas a si mesmas, as crianças em breve ficam inquietas e começam a brincar ou ocupar-se de coisas inadequedas. Desse modo, o sábado perde para elas sua importância sagrada - Conselhos Para a Igreja, p. 269.

O Sábado e a Família

A Escola Sabatina e o culto de pregação ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser passado em casa e ser o mais precioso e sagrado que o sábado proporciona. Boa parte desse tempo deverão os pais passar com os filhos - Conselhos Para a Igreja, p. 269. 

Quando faz bom tempo, devem os pais sair com os filhos a passeio pelos campos e matas...
  • Expliquem-lhes a razão da instituição do sábado;
  • Descrevam-lhes a grande obra da criação de Deus;
  • Contem-lhes que a Terra, quando Ele a fez, era bela e sem pecado...
  • Mostrem-lhes que foi o pecado que manchou essa obra perfeita; que os espinhos, cardos, aflição, dor e morte são o resultado da desobediência a Deus;
  • Expliquem-lhes, também, que, apesar da maldição do pecado, a Terra ainda revela a bondade divina;
  • Falemo-lhes do plano da salvação...
  • Vamos repetir para eles a doce história de Belém...
  • De quando em quando, devemos ler para eles as interessantes histórias contidas na Bíblia;
  • Perguntar-lhes acerca do que aprenderam na Escola Sabatina;
  • E estudar com eles a lição do sábado seguinte.
Testemunhos Para a Igreja, p. 269 e 270.

Podemos Viajar no Sábado?

Se desejamos a bênção prometida aos obedientes, devemos observar mais estritamente o sábado. Temo que muitas vezes empreendamos nesse dia viagens que bem poderiam ser evitadas. De conformidade com a luz que o Senhor nos tem concedido em relação com a observância do sábado, devemos ser mais escrupulosos quanto a viagens nesse dia, por terra ou mar. A esse respeito devemos dar às crianças e jovens bom exemplo. Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o mais possível por evitar que o dia da chegada ao destino coincida com o sábado - Conselhos Para a Igreja, p. 273. 
Quando obrigados a viajar no sábado, cumpre evitarmos companhia dos que procuram atrair-nos a atenção para as coisas seculares. Devemos ter a mente concentrada em Deus e com Ele entreter comunhão... - Conselhos Para a Igreja, p. 273.

A Promessa


Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus próprios caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse - Isaías 58:13,14.


contato: ellenwhitepost@gmail.com
 

sábado, 20 de julho de 2019

Igreja: Templo Vivo ou Morto?



“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” - Romanos 12:1

Essa passagem tem algumas aplicabilidades, ela faz uma associação do corpo humano com um culto religioso, e informa que esse culto tem que ser racional.

Não acontece somente no Brasil, mas no mundo todo, que igrejas inteiras realizam cultos com o objetivo de conquistar a confiança de membros ativos e visitantes através da emoção, e eu pergunto: o que Deus quis dizer com a passagem mencionada quando inspirou o apóstolo a escrever isto?

Podemos perceber, principalmente entre os jovens, que as escolhas pelos alimentos são feitas com base no que é mais gostoso, pois o que motiva a decisão de comer é a sensação que aquele alimento traz quando ingerido, causando uma sensação de prazer produzida sensorialmente.

Se pararmos para observar, inúmeras passagens mencionadas na Bíblia nos orientam a sermos criteriosos na escolha do alimento, não comer pelo prazer momentâneo e sim comer pelo benefício da saúde ao corpo.

Sacrificar o prazer de comer um alimento agradável ao paladar para comer aquilo que faz bem para o corpo é um desafio até para os adeptos de uma alimentação fitness. Todavia se conseguimos ter domínio próprio para sermos criteriosos na alimentação conseguiremos ter domínio próprio em outras áreas da vida. Essa é uma promessa bíblica. Se seu corpo se encontra em equilíbrio químico, sua mente por consequência se encontrará também em equilíbrio e como resultado o Espírito Santo conseguirá atuar com maior amplitude e o homem perceberá as coisas espirituais ao seu redor, e o corpo se tornará um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional.    

"Portanto, livrem-se de tudo o que está errado em sua vida, tanto interna como externamente, e alegrem-se humildemente com a mensagem maravilhosa que nós recebemos, pois ela é capaz de salvar as nossas almas à medida que se desenvolve em nossos corações" - Tiago 1:22.

Se o corpo se torna um culto racional, porque o corpo é o templo do Espírito Santo, então os cultos nas igrejas precisam ser racionais? Sim.

Quando entramos numa igreja achamos que tudo é um mar de rosas, isso porque a religião foi apresentada de forma errada. Muitos membros de igrejas evangélicas e católicas apresentam sua religião como um produto perfeito, como fazem as grandes empresas de propaganda, cativando seus consumidores pela emoção!

Já se perguntou por que você tomou pela primeira vez um copo de Coca-Cola? Pode ter sido porque estava numa festa de aniversário, pode ter sido porque compraram para você, mas toda a engrenagem não passa de uma perfeita estratégia de merchandising, entretanto o produto não merece tantos créditos assim. Você viu em propagandas na rádio, na televisão, num outdoor e em outros lugares, e de tanto sua mente receber a mesma informação com a mensagem que “Coca-Cola é uma ótima bebida” você simplesmente compra a ideia involuntariamente. Mesmo que queira acreditar que tomou a decisão de beber ou comprar a Coca-Cola, a grande verdade é que enganaram você esse tempo todo.

As igrejas usam do mesmo mecanismo para atrair as pessoas e convencê-las pela emoção que tem um produto perfeito. Muitos procuram uma igreja para ter um encontro social; há aqueles que a procuram para conseguir ajuda - e é aí que está o grande problema! Quando elas entram na igreja e descobrem que tudo não é um mar de rosas, essas pessoas se sentem enganadas, porque descobrem que venderam desonestamente o produto que compraram. O que acontece na maiorias das vezes é que as pessoas não procuram uma igreja para conhecer a verdade; elas procuram uma igreja que se adeque às suas próprias convicções pessoais.

E os comentários mais frequentes que costumo ouvir é que “toda igreja é usada para roubar o dinheiro das pessoas”, ou seja, só existem pessoas hipócritas.    

Existe razão para as pessoas pensarem dessa maneira? É óbvio que sim! Tudo por conta de tentarem querer vender para elas uma religião cujo produto é perfeito.

“Vocês compreendem que todos juntos são a casa de Deus, e que o Espírito de Deus vive entre vocês, em sua casa? Se alguém desonrar e estragar a casa de Deus, Deus o destruirá. Porque a casa de Deus é santa e limpa, e vocês são essa casa.” 1 coríntios 3: 16, 17.

Há um tempo atrás fiz uma publicação com o tema Falso Senso de Imunidade. Recebi elogios e críticas - mais críticas que elogios, diga-se de passagem. E de todas as críticas que recebi a mais comum foi essa (isso veio de várias pessoas da igreja adventista do sétimo dia):

“Não associe sua imagem com Pablo Ferrari, mesmo que ele seja seu melhor amigo, ou seu irmão de sangue, não vale a pena. É o maior inimigo da igreja hoje. Se continuar a fazer essa associação irá queimar seu filme, e irão achar que você é demente assim como ele”.

Existem várias implicações nas críticas. Quando a crítica veio de uma única pessoa achei que fosse uma opinião individual, porém quando veio de mais de 10 pessoas, então deixou de ser um fato isolado para ser considerada uma opinião apoiada pelo senso comum, e não veio de qualquer pessoa, pois tenho contato com as pessoas mais influentes do meio adventista, todavia tiveram adventistas importantes que deram total apoio à postagem do blog.

O que preciso informar é que todas as igrejas tratam sua religião como se fosse uma torcida organizada de futebol. 

Desde a Idade Média, os atos de violência eram associados a manifestações de imposição e poder. Diante deste cenário, os jogos entre os gladiadores que lutavam no Coliseu, em Roma, inspiravam ao público a afeição à brutalidade e a justificativa baseada nos valores culturais. No entanto, após séculos de avanço e proteção aos direitos humanos, alguns indivíduos ainda refletem esses traços de senso de competição, como fazem os torcedores em relação a seus times nos estádios de futebol quando agem segundo instintos selvagens, o mesmo tem acontecido nas igrejas.  Quando ocorrem críticas que intencionam ofender ao outro, isso se caracteriza agressão verbal, como ocorreu com alguns comentários relacionados a publicação Falso Senso de Imunidade.

A outra implicação da crítica foi que, segundo os críticos afirmaram, caso eu continuasse conduzindo as publicações dessa maneira seria taxado de "demente" assim como Pablo Ferrari.

Acompanhe a passagem bíblica:

“Porém Eu ampliei aquela regra, e digo que basta que vocês fiquem com raiva, mesmo que seja só em casa, para que corram já perigo de julgamento! Se vocês chamarem um amigo de idiota, correm o perigo de serem levados perante o tribunal. E se amaldiçoarem alguém, correm o perigo das chamas do inferno”.- Mateus 5:22.

Há duas maneiras de se dizer louco: Se alguém vai pular de um prédio sem pára-quedas e eu digo a este: “Você é louco!”. Eu estou sendo réu do fogo do inferno por isso? É óbvio que não. Porém, se num momento de raiva e descontrole emocional, chamo alguém de tolo, ou de louco (ou de idiota ou demente) apenas para feri-lo com palavras, estou pecando.

O que o texto de Mateus 5 está se referindo é no seguinte sentido: Se você ofende seu irmão, você está pecando!

O sentido de Mateus 5 é que Jesus estava comparando o seu ensino com o ensino dos fariseus. Os fariseus achavam que matar implicava apenas em tirar a vida de outra pessoa. Porém, Jesus estava ensinando que quando você menospreza uma pessoa, você a está "matando" também. Quando você fala mal de alguém e se posiciona como um juiz, você está de alguma forma trazendo juízo sobre a tua vida também. É isto que Jesus está ensinando.

Quando a Bíblia chama alguém de louco, não é para diminuir ou julgar. Mas apenas para dizer que a atitude de dar as costas e menosprezar a Deus é de fato uma loucura assim como pular de um prédio sem pára-quedas.

O cerne da questão é que precisamos entender a gravidade do que significa professar ser cristão. Infelizmente não compreendemos nossa profissão de fé e outros quando tentam apontar em nós os erros que temos cometido são taxados como loucos, idiotas e dementes. Ao contrário do que muitos podem achar, não estou aqui apenas para apontar o erros mas, principalmente, trazer uma solução. Não falo como que me colocando em posição superior, de forma alguma! Falo justamente porque me identifico com todos os problemas que o mundo cristão tem apresentado. De uma forma geral, temos perdido nossa identidade. Não temos permitido que Cristo restaure Sua imagem em nós. Quem nunca se sentiu enganado por aqueles que se julgam representantes de Cristo? Eu já me senti assim! Portanto, o que eu quero dizer é que parem com isso! Parem de defender uma religião na qual não acreditam; parem de “evangelizar” para seu próprio bolso; parem de macular o nome dAquele a quem professam servir e seguir.

Nos esquecemos de reformar; nos esquecemos o que significa ser considerado protestante; deixamos de protestar e quando paramos de protestar, acabamos agindo da mesma forma que aqueles que criticamos. Estamos defendendo a bandeira errada. A bandeira que temos que levantar não é a de nossa própria denominação; é a bandeira do evangelho eterno de Jesus Cristo. Mas para que possamos defender a bandeira certa, precisamos abraçar com todas as nossas forças os ideais dessa bandeira. O que isso envolve? Tristeza, abnegação e autonegação. Quem está preparado para viver uma vida assim? Nenhum de nós! O que faremos, então? Temos que confiar num poder que age em nós, fora de nós e sem a nossa participação. E esse poder vem de nenhum outro, senão de Jesus Cristo, Autor e Consumador da nossa fé. 

Portanto, de todas as coisas que foram ditas aqui, retenham isso: se de alguma maneira você está em sua igreja por conta das pessoas, ou espera que a igreja solucione seus problemas, volte-se para Cristo. Se você tem pensado mal a respeito do seu irmão, se o chama de nomes pejorativos, se você se ira contra ele, volte-se para Cristo. Não há salvação para nenhum de nós fora de Cristo. Se hoje achamos que nossa denominação irá nos guardar para o Dia da prestação de contas, estamos certa e desesperadamente perdidos. Minha mensagem para você hoje é que volte e reveja suas atitudes enquanto ainda há tempo de acertar com o caminho que conduz à felicidade.






sábado, 13 de julho de 2019

Um Falso Senso de Imunidade



“E uma vez que Cristo é tão superior, o Espírito Santo nos adverte: ‘Hoje, se vocês ouvirem a minha voz, não permitam que o coração de vocês se endureça, como fez o povo de Israel. Eles se rebelaram durante o tempo da provação no deserto. Ali os seus antepassados me desafiaram e me puseram à prova, apesar da paciência que tive com eles durante quarenta anos e de terem visto tudo o que Eu fiz. Por isso, fiquei muito irado com eles, pois seus corações estavam sempre olhando para outro lugar em vez de levantarem os olhos para mim, e não reconheceram meus caminhos. Assim, eu fiquei irado e fiz este juramento: Jamais permitirei que eles entrem no lugar do meu descanso’” (Hebreus 3:7-11, Bíblia Viva).

É interessante, e ao mesmo tempo triste, observar como a história se repete. Embora o Senhor tenha provido para nós todas as maneiras possíveis e imagináveis para não incorrermos nos mesmos erros da nação judaica, como eles nos rebelamos contra a Palavra de Sua autoridade, assim mostrando que, em nossos pensamentos e ações, queremos fazer a nós mesmos mais sábios que a própria Palavra Inspirada e, desse modo, pecamos contra o Espírito Santo de Deus que constantemente nos adverte e repreende contra fazermos de nossa “justiça” a auto-justificativa para nossa aparência de bondade e santidade. 

“Houvesse Israel, como nação, preservado a aliança do Céu, Jerusalém teria permanecido para sempre como eleita de Deus. Jeremias 17:21-25. Mas a história daquele povo favorecido foi um registro de apostasias e rebelião. Haviam resistido à graça do Céu, abusado de seus privilégios e menosprezado as oportunidades” (O Grande Conflito, p. 19).

Se pudéssemos saber o que tem sido registrado nos livros do Céu ao nosso respeito, o que será que estaria escrito?

“Devido à incredulidade manifestada com relação a Cristo, o originador e fundamento de todo o sistema judaico, virá sobre os seres humanos uma retribuição mais pesada do que a que recaiu sobre o incrédulo Israel no deserto. Moisés foi o profeta por meio de quem Deus se comunicou com a igreja no deserto. Mas, embora Moisés tenha sido grande, maior do que ele é o Filho de Deus, que construiu a casa” (Carta 97, 1898).

“Volte ao que você ouviu e creu no princípio; retenha-o firmemente e volte-se para mim outra vez. Se não o fizer, eu virei subitamente a você, sem ser esperado, como um ladrão, e o castigarei” (Apocalipse 3:3, Bíblia Viva).

“É feita a advertência de que chegaria o tempo quando erros se introduziriam como um ladrão para roubar a fé do povo de Deus; quando este precisaria vigiar diligentemente e estar constantemente em guarda contra os enganos do inimigo.

Em Sardes, muitos se haviam convertido por meio da pregação dos apóstolos. A verdade havia sido recebida como uma luz brilhante e resplandescente. Mas alguns haviam se esquecido da maneira maravilhosa que haviam recebido a verdade e Jesus achou necessário enviar uma reprovação.

Os membros antigos que levavam o estandarte haviam caído um após outro, e alguns haviam cansado das verdades constantemente repetidas. Desejavam um novo tipo de doutrina, mais agradável para muitas mentes. Achavam que precisavam de uma mudança maravilhosa e, em sua cegueira espiritual, não discerniam que seus sofismas iriam desarraigar todas as experiências do passado” (Manuscrito 34, 1905).

Da mesma maneira como Jesus Cristo lidou com os problemas e dificuldades da igreja em Sardes, Ele lida com Seu povo nestes últimos dias. De igual modo, Cristo nos envia, mediante Seu Santo Espírito, advertência após advertência, repreensão após repreensão, para que possamos novamente olhar para Ele. Nossa condição é esta: “Eu sou rico, tenho tudo o que necessito; não preciso de coisa alguma” (Apocalipse 3:17). E a menos que reconheçamos essa condição, estaremos entregues a nossa própria miséria e falsa justiça.

O primeiro passo é reconhecer que não estamos dentro de uma bolha de “falsa imunidade”. O que isso quer dizer? À semelhança do povo judeu, nossos privilégios como povo escolhido dependem de nossa obediência à Sua palavra. E reconhecer que essa “bolha de imunidade” pode estourar a qualquer momento significa jamais nos conformarmos em permanecermos em nossa zona de conforto, mas diremos como o apóstolo:

“Não, caros irmãos, não sou ainda tudo quanto deveria ser, porém estou concentrando todas as minhas energias para insistir nesta única coisa: Esquecendo o passado e aguardando esperançoso aquilo que está à frente, esforço-me para chegar ao fim da corrida e receber o prêmio para o qual Deus está nos chamando ao céu, em Cristo Jesus” (Filipenses 3:13,14, Bíblia Viva).

Entretanto, a praga do falso senso de imunidade se alastrou por todos os âmbitos da igreja, e irritantemente vemos a todos muito confortáveis e seguros em seus cargos e/ou em sua grande e larga escala de conhecimento bíblico. Hoje, absolutamente nada incomoda uma igreja morna, escondida sob a capa de  um falso senso de “privilégios incondicionais”.

Para que o caro leitor possa compreender melhor a definição dada acima, imagine a seguinte situação:

Por volta do ano de 2009, tive a oportunidade de estudar em uma das maiores e mais respeitadas instituições de ensino da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Centro Universitário Adventista de São Paulo, ou simplesmente, UNASP. Lá me graduei no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. No primeiro período do curso, muitos alunos da minha turma, inclusive eu mesmo, tiveram especial dificuldade na matéria de algoritmo. 

Como em toda faculdade, lá tínhamos monitores que davam suporte acadêmico, principalmente tirando dúvidas e apoiando nas dificuldades da matéria, aos alunos novatos. No caso da matéria de algoritmo, tivemos o suporte do aluno que, para fins de preservação da sua imagem, vou chamar de P. O P. era um aluno muito inteligente e não por acaso fora chamado pela universidade a prestar esse apoio aos alunos novatos, mas como nem tudo são flores no jardim, ele especialmente, era uma flor repleta de espinhos terríveis. Na mesma proporção em que era inteligente, também era irritantemente arrogante e sem nenhum senso de humildade. Não gostava de ser questionado e sabia orquestrar de maneira impressionantemente estratégica como tornar um debate favorável a si mesmo, mesmo que estivesse errado.

E neste momento chegamos ao diagnóstico do P.: ele estava sofrendo do terrível e, quiçá, contagioso mal do falso senso de imunidade. Mal sabia ele que, na verdade, diante da Soberania e Sabedoria de um Deus Eterno, seu conhecimento e privilégios, sem a consciência de saber a quem eles pertencem, não valem mais do que aquela lavagem que o filho pródigo tanto desejou consumir à vista de seu desespero.

Como ele se infectou? Podemos considerar uma série de fatores. No período da escola, por exemplo, sempre se destacava como o melhor aluno da sala, tirava notas altas, recebia elogios dos professores e de seus colegas e, aos poucos, seu ego começou a ficar inflado (por isso precisamos tomar o máximo de cuidados com elogios, principalmente os exagerados). Com o ego inflado, passou a considerar a si mesmo melhor do que os outros, o mesmo que aconteceu com os discípulos ao caminho de Carfanaum quando discutiam quem seria o maior no suposto reino terrestre que Cristo construiria (Marcos 9:31-34).

O maior erro das pessoas que, assim com P., consideram a si mesmos melhores do que outros, é não reconhecer Quem é o Dono de tudo o que possuem. Não reconhecer a fonte de nossos bens, sejam materiais, intelectuais, ou mesmo espirituais, torna-nos prepotentes em achar que os méritos de nossas conquistas devem ser atribuídos a mais ninguém senão a nós mesmos. 

“O temor do Senhor é a chave da sabedoria, e o conhecimento do Santo é a verdadeira compreensão da vida” (Provérbios 9:10, Bíblia Viva).

“O mundo tem tido seus grandes ensinadores, homens de poderoso intelecto e vasto poder investigativo, homens cujas palavras têm estimulado o pensamento e revelado extensos campos ao saber; tais homens têm sido honrados como guias e benfeitores do gênero humano; há, porém, Alguém que Se acha acima deles. Podemos delinear a série de ensinadores do mundo, no passado, até ao ponto a que atingem os registros da História; a Luz, porém, existiu antes deles. Assim como a Lua e as estrelas do nosso sistema planetário resplandecem pela luz refletida do Sol, assim também os grandes pensadores do mundo, tanto quanto são verdadeiros os seus ensinos, refletem os raios do Sol da Justiça. Cada raio de pensamento, cada lampejo do intelecto, procede da Luz do mundo” (Educação, p.13).

“Não sejam egoístas; não vivam para causar boa impressão aos outros. Sejam humildes, pensando dos outros como sendo melhores do que vocês mesmos” (Filipenses 2:3).

Atribuindo os méritos a nós mesmos, além de demonstrarmos querer tomar o lugar e a honra que são devidos a Deus somente, colocamos nosso próximo em um lugar inferior, ou seja, ao passo que deveríamos servir somos servidos e isso vai de encontro ao ensino bíblico. O conselho do próprio Cristo, ao qual professamos seguir e servir, nos diz que, ao contrário, se queremos ser grandes devemos nos fazer pequenos, se queremos liderar que, antes, sejamos servos. 

“Como vocês sabem, os reis e os homens importantes da terra dominam sobre o povo. Porém entre vocês é diferente. Todo aquele que quiser ser importante deve ser o servo. Todo aquele que quiser ser o primeiro, deve ser escravo de todos. Porque até o Filho do Homem não está aqui para ser servido, mas para servir aos outros e dar a sua vida a fim de salvar a muitos” (Marcos 10:42-45, Bíblia Viva).

Portanto, quanto maior a luz, o conhecimento e os privilégios que recebemos, tanto maior será nossa responsabilidade em relação ao crescimento e desenvolvimento pessoal, profissional e espiritual de cada indivíduo deste planeta.

“Em 20 de novembro de 1885, enquanto me achava em oração, o Espírito do Senhor veio súbita e poderosamente sobre mim, e fui arrebatada em visão.

Vi que o Espírito do Senhor tem estado a extinguir-se da igreja. Os servos de Deus têm confiado demasiado na força do argumento, e não têm mantido em Deus aquela firme confiança que deveriam ter. Vi que a mera discussão sobre a verdade não levará as almas a decidir colocar-se ao lado dos remanescentes; pois a verdade é impopular. Os servos de Deus devem ter a verdade na alma. Disse o anjo:

‘Eles a devem receber com o calor da glória, levá-la no próprio seio, e derramá-la com calor e zelo de alma para os que a ouvem’.

Uns poucos, que são conscienciosos, estão prontos a decidir segundo o peso da evidência; mas é impossível mover a muitos por meio de uma simples teoria da verdade. Preciso é que ela seja acompanhada de poder, um testemunho vivo a impulsioná-los.

Vi que o inimigo está ocupado em destruir almas. A exaltação tem penetrado nas fileiras; importa que haja mais humildade. Há demasiada condescendência com a independência de espírito entre os mensageiros. Isto tem que ser posto de lado, e cumpre que os servos de Deus se unam mais uns aos outros. Tem havido muito do espírito que indaga: 

‘Será que sou responsável pelo meu irmão?’ Gênesis 4:9, Bíblia Viva. 

Disse o anjo: 

‘Sim, tu és o responsável pelo teu irmão. Deves ter por teu irmão vigilante cuidado, estar interessado em seu bem-estar, e nutrir para com ele um bom e amável espírito. Avançai, juntos, avançai juntos’.

É desígnio de Deus que os homens tenham o coração aberto e sincero, sem presunção, manso e humilde, com simplicidade

Esse é o princípio do Céu; assim o ordenou Deus. Mas o homem frágil, e pobre, buscou algo diferente - seguir seu próprio caminho, e atender cuidadosamente a seu próprio interesse” (Testemunhos Seletos, Volume 1, p. 29 e 30).


“Em todos os séculos se tem exigido dos seguidores de Cristo vigilância e fidelidade; agora, porém, que nos achamos mesmo nos umbrais do mundo eterno, possuindo as verdades que possuímos, tendo uma tão grande luz, uma obra tão importante, temos de redobrar nossa diligência. Cumpre a cada um fazer exatamente o máximo que lhe seja possível. Meu irmão, pões em perigo tua própria salvação, se te deténs agora. Deus te pedirá contas se deixares de fazer a obra que te designou” (Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 161 e 162).



“Foi confirmado tudo quanto declarei em Mineápolis: que precisava haver uma reforma nas igrejas. Deviam ser efetuadas reformas, pois a debilidade e a cegueira espirituais se apossaram das pessoas que tinham sido agraciadas com grande luz e preciosas oportunidades e privilégios. Como reformadores, elas haviam saído das igrejas denominacionais, mas desempenham agora uma parte semelhante à que desempenharam as igrejas. Tínhamos a esperança de que não haveria necessidade de outra saída. Embora nos esforcemos por ‘preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz’, não deixaremos, pela pena e pela voz, de protestar contra o fanatismo” — (The Ellen G. White 1888 Materials, 356-357). 



“Cristo diz o seguinte daqueles que se ufanam de sua luz mas não andam nela: ‘Por isso Eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós outros. E tu, Cafarnaum [adventistas do sétimo dia que tiveram grande luz], que te ergues até aos céus [com referência a privilégios], serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje’” (The Review and Herald, 1 de Agosto de 1893).



Comumente, ao lermos determinados trechos dos Testemunhos, ficamos com a impressão de que Ellen White escreveu para os nossos dias como se ainda vivesse. Isso se dá pelo fato de que muitas vezes o profeta a quem Deus chama não escreve para sua própria época, mas para uma época futura. Temos muitos exemplos assim nos escritos canônicos, com a profetiza destes últimos dias não seria diferente. Tenho ainda a impressão de que a própria profetisa não compreendeu em sua totalidade o significado das coisas que escreveu, mas nós conseguimos compreender com assombrosa clareza, pois vivemos nos dias apontados pela profecia. Portanto, mesmo com uma distância de cerca de 175 anos, os escritos, especialmente as advertências do Espírito da Profecia, são um reflexo do que vemos em nossas igrejas, reflexo tão fiel a ponto de ser assustador. 



E para exemplificar o quanto é assustador, vou relatar ao leitor algo que deixou toda a comunidade adventista e, quiçá, cristã de um modo geral (e pode ter tomado proporções tão desastrosas que só saberemos na eternidade) há cerca de um ano atrás. 

Pablo Ferrari, membro ativo da Igreja Adventista do Sétimo Dia, incomodou-se com os erros e pecados públicos testemunhados dentro da obra adventista. Na tentativa de levar os líderes adventistas a tomar uma posição diante desse quadro apóstata, passou a ir às igrejas com a câmera do celular ligada, abordando membros e pastores a respeito das questões controversas que estavam ocorrendo naquela ocasião, ou seja, que nitidamente infringiam o Manual Oficial da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia.

Até aí parece não haver nada demais, porém o problema é que a iniciativa não foi recebida como o esperado. Pablo passou a ficar conhecido dentro do meio adventista como um “perturbador da paz”; dentro e, porque não dizer, fora das igrejas. Membros de um modo geral foram avisados para ficar de sobreaviso caso ele aparecesse para participar do culto. Infelizmente, a situação saiu do controle e por causa desse “sobreaviso” membros e líderes eclesiásticos da igreja ficaram tomados de cólera agindo, inclusive, com agressividade verbal e física. O caso se tornou público através de vídeos publicados na plataforma conhecida como Youtube.

É muito importante que fique claro para o estimado leitor que meu objetivo não é defender as atitudes de nenhuma das partes, não vou me posicionar nesse sentido, minha intenção é deixar claro que estamos vivendo um quadro de apostasia que, se continuar do jeito que está, correremos um sério risco de vermos o Espírito Santo ser derramado com poder bem diante do nosso nariz, porém, por consequência da cegueira espiritual, não discerniremos Sua atuação.

De acordo com os vídeos exibidos no Youtube, Pablo entrava nas igrejas com seu celular na modalidade selfie a fim de filmar as heresias que existiam dentro das igrejas, e como bônus ainda colhia provas de palavras de baixo calão, puxões na camisa e, às vezes, uns tapas aqui e outros ali, tudo para endossar sua tese de que a dita “igreja remanescente que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” passou para a fileiras de Babilônia.

Em sua defesa, a Igreja Adventista do Sétimo Dia alegou que Pablo Ferrari é um indivíduo com sérios problemas mentais e que seu único propósito era entrar nas igrejas para “perturbar a paz” durante o culto. E mais, segundo a IASD, as imagens compartilhadas no canal do Pablo com “supostas provas de agressões” foram manipuladas pelo mesmo com o objetivo de difamar a instituição e que, na verdade, não houve nenhuma agressão ou insulto à sua pessoa.

Cada lado procura sua própria defesa, entretanto, como diz um velho ditado popular “uma imagem vale mais que mil palavras” e os vídeos realmente são muito comprometedores. Se julgarmos por aquilo que constam nos vídeos, chegaremos a conclusão de que, de fato, Pablo fora agredido, não só verbal como fisicamente, quer em grande ou pequeno grau, e, infelizmente, membros leigos e, lastimavelmente, pastores (os quais, de forma ultrajante, julgam-se representantes de Cristo nesta Terra) estiveram envolvidos neste infeliz acontecimento.

Diante do ocorrido, a posição da IASD deveria ter sido imediata: não importa quem está certo ou errado, agressão, principalmente física, não admite desculpas ou justificativas, deve ser imediatamente disciplinada, porém há uma erva daninha crescendo e tomando o lugar da prescrição bíblica contra o pecado, e esta se chama “dois pesos, duas medidas”, ou seja, membros agraciados pelo favor da instituição possuem uma pecaminosa “carta de imunidade” que os faz ilesos a qualquer tipo de ação enérgica no sentido de disciplinar o pecado.

Publicação Sugerida: A Verdadeira Eficácia da Disciplina

Voltando à história citada do monitor P., de igual modo a IASD não aceita ser questionada. O pecado de ambos se concentra na mesma raiz que levou Satanás e seus anjos a serem expulsos do Céu, o orgulho. À semelhança de P., esta instituição consegue habilidosamente orquestrar de maneira inteligente seus argumentos a fim de usá-los para benefício próprio e, assim, convencer toda membresia adventista de que, realmente, diante de uma atitude como a de Pablo não havia outro caminho senão a agressão. Essa defesa é usada como meio para justificar o fato de não ter disciplinado seus membros agressores impunes diante de sua injustiça, pintando um retrato demoníaco de Pablo Ferrari (deixando claro que com este argumento não estou endossando as atitudes e posicionamento de Pablo Ferrari).

Nem sempre a Igreja Adventista do Sétimo Dia foi assim. Deus jamais dá ao Seu povo ferramentas para que incorram em pecado, ao contrário, os prova para que tenham a chance de demonstrarem-se fiéis. Infelizmente, à semelhança do povo judeu, os adventistas falharam no teste, e hoje a luz e privilégios que receberam como grande bênção para si e para o mundo, se transformou em maldição e pedra de tropeço unicamente porque não aprenderam a reconhecer o Autor de sua bênção. É notória sua autossuficiência em todos os ramos da instituição. Podemos observar egos inflados na sonoridade das músicas e dos programas da TV Novo Tempo, no serviço de suas instituições de ensino e saúde. Quando são questionados a respeito de seu incoerente procedimento, são ousados ao dizer que essas críticas são nada mais nem nada menos que falácias instigadas por Satanás.

“No dia do Juízo muitos me dirão: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos a seu respeito, e usamos o seu nome para expulsar demônios e para fazer muitos milagres?’ Mas eu responderei: ‘Vocês nunca foram meus. Vão embora, porque as suas obras são más’” (Mateus 7:22,23, Bíblia Viva).

Percebam o seguinte quadro:





Se o caro leitor observar atentamente ao contexto das imagens acima, perceberá que algo semelhante do que aconteceu ao citado Pablo Ferrari, se repete no diálogo acima. Vemos claramente que, de uma maneira geral, os adventistas (e sim, estou generalizando), além de ter uma imensa dificuldade em lidar com críticas que apontem seus erros/defeitos, não conseguem, devido a sua cegueira espiritual, notar e confessar sua condição decaída. Se repete vez após vez ao vermos irmãos sinceros repreendendo e fazendo conforme o conselho inspirado, chamando o pecado pelo nome, e no lugar de vermos um espírito de gratidão e humildade, vemos orgulho, prepotência e autossuficiência. Como diz o texto inspirado: 

“Por isso, não repreenda o zombador, para que ele não te odeie; repreenda o sábio e ele o amará! Ensine a pessoa sábia, e ela será ainda mais sábia. Ensine o justo, e ele crescerá em entendimento” (Provérbios 9:8,9).

Novamente, endosso o fato de que não estou aqui para acusar ninguém, mas para mostrar que existe um quadro de apostasia generalizada dentro do meio adventista. Hoje sabemos que devido às marcas desta apostasia, o adventismo se fragmentou. Com este artigo não venho aqui repreender uma única classe de adventistas, mas toda ela. Não importa a qual classe de adventista você pertence, se você guarda os mandamentos de Deus e confessa ter a fé Jesus, essa mensagem é para você.

Deus abençoe a todos!

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